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Zero em Comportamento: Obras da Coleção de Serralves

Muntadas

24 May 2018

Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto

1.6 – 9.9.2018

 

 

 

A.R. Penck; Adrian Piper; Albuquerque Mendes; Alexandre Estrela; Ana Jotta; André Sousa; Antoni Muntadas; Antoni Tàpies; António Barros; António Sena; Artur Barrio; Blinky Palermo; Bruce Nauman; Chris Burden; Christer Stromholm; Christian Boltanski; Cildo Meireles; Dan Graham; Danh Võ; David Askevold; David Goldblatt; Dieter Roth; Eduardo Batarda; Eleanor Antin; Emily Jacir; Enzo Mari; Gerardo Burmester; Gilbert & George; Guerrilla Girls; Hannah Wilke; Ignasi Aballí; Isabel Carvalho; João Louro; João Onofre; João Pedro Vale; João Tabarra; John Baldessari; Jörg Immendorff; José Escada; Joseph Kosuth; Josh Smith;Juan Muñoz; Lynda Benglis; Manoel de Oliveira; Manuel Alvess; Marcel Broodthaers; Maria José Aguiar; Mario García Torres; Marlene Dumas; Martha Rosler; Matt Mullican; Mauro Cerqueira; Michelangelo Pistoletto; Patrícia Garrido; Paul McCarthy; Paula Rego; Paulo Mendes; Paulo Nozolino; Pedro Barateiro; Piero Manzoni; Pierre Huyghe; Raymond Hains;Richard Hamilton; Robert Filliou; Rui Chafes; Sigmar Polke; Stanley Brouwn; Thomas Hirschhorn; Thomas Schütte; Tino Sehgal; Urs Fischer; Valie Export; Wilhelm Sasnal; Xana

 

 

Incorrigível, indesejável, indisciplinada — que atitudes reprime o museu? “Zero em comportamento” apresenta gestos de irreverência ou desobediência na Coleção de Serralves, quer dirigidos a instituições, como a escola ou o museu, ou a formas de repressão ou controlo. Da ironia e do subterfúgio ao desrespeito pelas regras do bom gosto e do comportamento adequado, a exposição explora o potencial de agir contra a norma. Enquanto temas intratáveis, imagens desagradáveis, objetos ingovernáveis, as obras em exposição refletem a complexa diversidade das estratégias aplicadas — desde o furto como apropriação até à rejeição das convenções da arte — como formas de resistência artísticas e espaciais. No filme de 1933 de Jean Vigo Zéro de conduite, os alunos de um colégio repressivo revoltam-se contras as rígidas regras impostas pelos seus professores tirânicos. No museu, também raramente somos convidados a correr, tocar ou mesmo sentarmo-nos; o espaço público está cada vez mais sujeito a formas de iconoclastia e restrição. Reunindo um conjunto intergeracional de artistas que recorrem a uma vasta gama de meios — incluindo pintura, escultura, fotografia, obra gráfica, desenho, som e instalação — esta exposição percorre uma série de comportamentos e temas, dos anos 1960 até aos nossos dias, desde aqueles que supostamente deveriam ser corrigidos ou censurados até à normalização da violência e a afirmações de acidente, amadorismo e antivirtuosismo. Nesta medida, as obras expostas ecoam muitas das circunstâncias da nossa atual realidade política, simultaneamente questionando quem pode transgredir ou comportar-se indevidamente, como e porquê.

 

 

 

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